Achei que ia voltar de Nova Iorque e encontar um clima mais quentinho por aqui… e nada! Esse friozinho que faz em São Paulo já ta me dando vontade de voltar pra lá!
Sério, 19 8th Avenue, entre Jane e W 12th Street. Chocolate meio a margo, com um toquezinho de canela. é tudo que você precisa pra se encher de calorzinho e enfrentar o vento que faz por lá…
Além do chocolate quente, os cookies também são uma execelente pedida.
Outro dia tava bem lá tranquila, esperando o meu chocolate quente, quando vi o Malcom Gladwell sentadinho, lendo jornal e tomando o dele. Adorei
Que tal conversar com a sua família sobre sustentabilidade com um cafezinho e uma torta de doce de leite?
Essa é pra adoçar o bate-papo!
A receita eu recebi do pessoal da Dr. Oetker, como parte do projeto Faça Crescer com Dr. Oetker. Essa campanha tem como objetivo incentivar a preservação do verde e conscientizar as pessoas sobre sustentabilidade do melhor jeito que existe: começando com pequenas ações, dentro de casa. O fermento de 100g vem embalado com um sachê com sementes de uma árvore nativa para você plantar dentro do próprio potinho.
Achei bem bonitinho: Vem com um encarte falando do projeto e com as instruções pra plantar. No sachezinho, tem algumas informações sobre a árvore também.
Cristina estudou confeitaria no Japão e na França e explicou a diferença entre as duas vertentes da confeitaria japonesa: o yogashi e o wagashi:
O yogashi é a confeitaria internacional feita no Japão, ou seja, as técnicas francesas, italianas etc, adaptadas a estética e ao paladar japonês.
O wagashi é a confeitaria tradicional japonesa, que sempre trabalhou muito com doce de feijão, doce de arroz e depois passou a usar também o agar-agar.
Além de acompanhar a cerimônia do chá, os tradicionais docinhos também carregam elementos que representam a cultura nipônica: as formas, os desenhos e o sabor tentam sempre recriar as sensações de cada estação do ano.
Achei esse vídeo que mostra um pouco dos wagashis de cada estação. Está em japonês, mas só de ver as imagens já dá pra identificar.
Ela contou que todas as grandes confeitarias do mundo querem estar em Tóquio, porque esse mercado é super aquecido por lá: os japoneses adoram e gastam muito com doces! A Pierre Herme, por exemplo, tem duas lojas na cidade.
Como acontece com tudo no Japão, apesar deles consumirem loucamente o que vem de fora, os japoneses jamais deixam cair por terra o que é tradicional. A Toraya, que é uma doceria supertradicional e está por toda parte, em Tóquio e em mais 3 cidades japonesas, já abriu lojas nos Estados Unidos e na França.
Outra coisa bem interessante que a chef falou e eu não sabia é que essa coisa de escrever o nome da pessoa no bolo e em plaquinhas de chocolate é super japonês. Eles adoram e personalização é chave na confeitaria por lá.
Ela passou um vídeo muito legal sobre a história do wagashi, com imagens do processo de modelagem etc., mas não achei na internet. Achei esse daqui, que não é tão legal quanto o que vi lá, mas dá pra ter uma idéia:
Ela frisou que o uso de madeira na culinária já foi banido há muito tempo, mas como as forminhas de madeira são elementos tradicionais desse tipo de cozinha japonesa, é permitido.
Como não poderia faltar, também falou-se sobre o uso do matchá, o chá verde. Cristina comentou que o chá verde em pó para confeitaria ainda não é muito fácil de achar no Brasil. Segundo a chef, você pode até usar o chá verde em pó comum, mas não fica exatamente como deveria…
O auge da palestra foi a versão nipo-brasileira para o francezinho macaron: ao invés de amêndoas, castanha do pará e no recheio, claro, matchá! Uma delícia! Adorei! A chef contou que levou quase 1 ano para conseguir adaptar as receitas que ela trouxe do Japão, mas pelo que provei, valeu a pena o tempo investido!
Além de dar a receita do pão-de-ló de matchá (que eu vou experimentar em breve e mostrar aqui!), a Cristina também compartilhou algumas dicas bem simples e práticas pro seu bolo ficar fofinho:
Não abra o forno: Se não tem aquele cheirinho pela sua cozinha, não está pronto!
Não precisa furar o bolo com o palito para saber se está sequinho. Se você der uma apertadinha na parte de cima do bolo, ele afundar e voltar, já está assado.
Nem toda receita precisa de fermento. Se a receita for levinha, ela cresce sozinha.
Quando tirar a massa da batedeira, use um pão duro e não ´futuque´ ou bata na massa para assentá-la na forma.
A função da batedeira é trazer ar pra dentro da massa com os aros, então não faça o ar sair, mexendo a massa sem parar…
Forno pré-aquecido: Ajuda o bolo a não solar. Quando você coloca o bolo em um ambiente que já está quentinho, ele começa a assar na hora, por inteiro, sem perder o ar que está na massa.
Forma retangular x forma redonda: Para forma retangular, é só preaquecer o forno a 200 graus e assar por 15 minutos. Para forma redonda, asse os primeiros 10 minutos a 200 graus e depois mais 15 minutos a 170 graus.
Já perdi a conta de quantas vezes falei da doceria do filme Antique aqui no blog. Acho que também já falei o quanto eu gostaria de ter um café um dia, né?
Semana passada eu estava dando uma olhada no site wtfshouldidowithmylife.com, que fica dando idéias de coisas pra fazer da vida e te levando para sites e matérias de jornal que mostram como concretizar esses planos. Parei justo na tela que diz You should open a bakery.
O link leva pra uma matéria bem bacana da NY Mag, que conta a história da Erin McKenna, que depois de descobrir uma alergia sinistra resolveu abrir um café que servisse cupcakes para quem tem restrições alimentares.
A loja dela chama BabyCakes NYC e é a coisa mais fofa. Além dos lindos bolinhos, ela também edita livros de receitas.
Mas como nem tudo são confeitos de chocolate nesssa vida, vamos ao fatos:
Quanto custa abrir uma pérola dessas (em Nova Iorque e em dólar)
Seguro fiança = $4,000
Reforma = $28,250
Ingredientes para as primeiras fornadas = $3,000
Louças e panelas = $2,500
Licenças = $255
Total para começar = $38,005
Aluguel e outras contas = $2,800 por mês
Funcionários = $5,143 por mês
Ingredientes e descartáveis = $3,000 por mês
Seguro = $700 a por mês
Gastos mensais brutos = $11,643
Erin precisa vender 130 cupcakes de $3 pra sair do prejuízo, ou seja, ficar no zero a zero. Medo, hein?
Pra ser um pouco mais otimista, quem investe no ramo de alimentação tem como consolo o fato da profissão de cozinheiro/preparador de alimentos estar na lista dos 20 empregos mais estáveis para esta próxima década, o que significa que comida como negócio também estará estável e em amadurescimento.
E aí? Se animou?
Se você quer parar de sonhar e deixar a sua cidade mais doce e mais bonita, vale a pena conferir no site do SEBRAE a seção especial de Bares e Restaurantes. Lá você pode se informar sobre cursos e outros incentivos para os atuais e futuros empresários do setor de alimentação no Brasil.
Por que você gostaria de se tornar uma confeiteira?
A assadeira de mini-muffins estava comprada há meses, mas ainda não tinha me inspirado a fazer nada. Eu precisava fazer uma sobremesa para um almoço na casa de uma amiga. Passei no supermercado e vi as cerejas lá, lindas de morrer, e pensei: “Poxa, eu nunca cozinhei cereja na minha vida…”
Fiquei uns instantes lá pensando e lembrei que eu tinha uma receita guardada em casa. Pronto! Era a minha chance!
A receita é fácil e agrada bastante. Até aquela outra amiga que não come NADA, comeu, acredita? Servi com sorvete e uma caldinha quente, pra espantar o frio.
Olha como fica por dentro, bem macia…
Mini-muffins de cereja e amêndoas
100g de manteiga sem sal
1 xícara de farinha de trigo
1 xícara de açúcar
1 xícara de amêndoas moídas
5 claras
1 colher de chá de bicarbonato
4 colheres de chá de calda ou geléia de cereja ou frutas vermelhas
Já é julho mas o friozinho está aí, então, não deixe passar a oportunidade de reunir os amigos pra uma festa caipira aquecida a vinho quente…
A receita é fácil e dá pra reunir todo mundo na linha de produção, mas como demora um bocado pra apurar, é bom garantir o entretenimento da galera enquanto a poção fica pronta.